Vida estranha esta minha
Penso ao observar as ruas desertas
Talvez assim seja
Visto que é da natureza humana
Aborreço-me ao pensar
Que criaturas tão doces e inofensivas
Possam vos parecer tão nocivos
E de mau-agouro
Encanto-me com essas aves corvídeas
Com o negro de suas penas
E a profundeza de seus olhos
Pelo simples prazer de observá-las
Visto que a combinação de tais peculiares características
Emanam um desejo secreto de solidão
Em meio a suave neblina que me cerca
Sinto-me invisível
Aguardando o sol nascer
Para ver o revoar dos corvos
A noite roubou meu sono...
P.S. : Para MaLuS, meu amigo meio morto e meio zumbi que me atura mesmo quando está cansado, rs. Parabéns pelo seu níver.