quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Ainda Estamos Vivos

Ecos de explosões ainda ouço
Em meio ao ensurdecedor silêncio
Tudo escuro ao meu redor
Sinto-me perdida em meio a multidão

Por mais que eu tente
Não há como fugir
Há algo que me prende
Algemas invisíveis, correntes...

Grito até a minha voz sumir
Ninguém parece me ouvir
Em meu sangue repousa a rosa de Hiroshima
Em minha garganta um grito mudo me sufoca

Ouçam o som do silêncio
Vocês não podem me ver, não me ouvem
Pois eu vos digo, ainda estamos vivos
Vejam, ouçam, o som das explosões ainda ecoam...
Em meio à poeira nossos gritos e vozes....

P.S. : Poesia inspirada na 3ª fase de Carlos Drummond Andrade

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